Frederico Barba Roxa, manuscrito século XII, autor desconhecido
Escrevo essa pequena biografia para registrar um dos maiores cavaleiros medievais. Pouco estudado mas uma vida cheia de indagações que nos levam a pesquisas e perspectivas futuras a respeito do imperador Frederico.
Frederico I da Germânia nascido em Waiblingen ou Ravensburg, 1122 e morto em Cilícia, 10 de junho de 1190), também conhecido por Frederico Barbaroxa, Frederico Barbarossa (ou simplesmente o Barbarossa) e sob a forma aportuguesada de Frederico Barba-Ruiva. Foi imperador do Sacro Império Romano-Germânico (1152-1190), rei da Itália (1155-1190). O nome “Barbaroxa”, forma aportuguesada do italiano “barbarossa” (isto é, barba ruiva) popularizou-se apesar de seu evidente despropósito, pois o significado original é “barba vermelha”, devido à longa barba ruiva que ele usava.
Grande cavaleiro, ganhador de vários torneios medievais. Em razão destas vitórias, manteve sequestrado vários oponentes e ganhou destes dezenas de cavalos e armaduras. Um dos melhores lanceiros descritos em manuscritos nas justas, luta somente com um oponente, pois possuía uma técnica singular de levantar e direcionar o bastão-lança contra o adversário somente quando estava a poucos metros do mesmo. Aspecto inigualável durante a Idade Média em torneios. Usava, sempre, simultaneamente três espadas e três adagas que se entrelaçava junto a sua cintura. Armas brancas pesadíssimas, mas que segundo alguns não perturbava o imperador em momento nenhum.
Pertencente a casa dos Hohenstaufen, filho de Felipe, O Zarolho, com a morte de seu pai, herdou o ducado da Suábia, e foi eleito imperador pela Dieta de Franco-Forte com a morte de seu tio, Conrado III em 1152. Coroado em Roma em 1155 pelo Papa Adriano IV. Todo o seu reinado seria preenchido por uma série de batalhas para lá dos Alpes, onde chocou-se com a feroz resistência das cidades lombardas, principalmente Milão, apoiadas pelo papado. O imperador entrou rapidamente em conflito com a Santa Sé em 1159, contra o Papa Alexandre III, eleito pelos cardeais e reconhecido na Itália, França e Inglaterra, suscitou o antipapa Vitor IV, que fez reconhecer no sínodo de Pávia, os conflitos foram enormes e sangrentos em virtude da atitude anti Roma adotada pelo imperador Barba Roxa. Frederico foi finalmente vencido em Legnano, em 1176, pelas tropas da Liga Lombarda e teve de assinas a Paz DE Veneza, em 1177, humilhando-se prosternou-se aos pés do Papa, que apenas por este preço lhe concedeu o beijo da paz. As pessoas que conheciam Barba Roxa, jurariam que ele nunca faria isto. A rudeza do imperador e o seu orgulho curvaram-se diante do pontífice. Depois pela Paz de Constança, 1183, reconheceu a independência, de fato, das cidades lombardas.
Chefiou a III Cruzada com Filipe Augusto e Ricardo Coração de Leão, em 1189, realmente um trio de ferro, grandes cavaleiros e grande carisma junto as suas tropas. Obteve alguns êxitos sobre os turcos na Ásia Menor, mas o seu exército foi dizimado pelas doenças e esse grande cavaleiro, depois de enfrentar as mais terríveis e sangrentas batalhas, teve o infortúnio de morrer afogado nas águas do rio que hoje se chama Tarsus Xayi.
Frederico I Barba Roxa e o seu filho numa miniatura da Crónica dos Guelfos (século XIII).
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