O Estandarte e a Cruz

cn66,52

Em Paris, no dia 27 de abril de 1147, nas novas instalações do Templo, teve lugar um capítulo que reuniu cento e trinta cavaleiros “todos vestidos com os seus mantos brancos”. Os irmãos iam examinar a iniciativa de Luis VII que preparava uma nova cruzada e precisava da participação de um forte contingente das comendadorias da França e da Espanha. O capítulo foi honrado com a presença do papa Eugênio III. Foi aí que o Santo Padre concedeu aos Templários a cruz pátea de cor vermelha, ” afim de que este sinal triunfante lhes sirva de escudo e que eles nunca voltem rédeas face a qualquer infiel”.

Os irmãos usaram a cruz cosida no lado esquerdo do seu manto, um pouco acima do coração, e acrescentaram ao seu pendão o balsão, lembrando o grito de guerra dos cavaleiros ” A mim, bom senhor! Balsão ao socorro!” Esta expressão correspondia a “Vall cem” um templário valia por cem soldados. O estandarte era branco e negro, ‘para”, diz Jacques Vitry, “significar que eles (os Templários) são francos e benevolentes para com os seus amigos, negros e terríveis para com os seus inimigos…Leões na guerra, cordeiros na paz” A toda a volta estava bordada a divisa da ordem: “Non nobis, Domine, nom nobis, sed nomini tuo da gloriam” _ “Não a nós, Senhor, não a nós, mas a teu nome só dá a glória”

Nenhum combatente podia deixar o campo de batalha enquanto avistasse o balsão. Era, por isso, estritamente proibido baixar o estandarte e servir-se dele como lança, sob pena de castigo severo.

Fonte The Knight in History, Frances Gies.

Obs: Pesquisa feita em homenagem ao meu amigo escritor e amante do medievo Sergio Gallina. Que Deus o tenha, templário dos nossos tempos atuais. Lutador. Batlhador das palavras e das letras. Abraço, saúde.

Paulo Edmundo Vieira Marques

Post Footer automatically generated by wp-posturl plugin for wordpress.