A Violência, como Hoje, Recurso dos Maridos Enganados no Medievo

ck9227Marriage Feast at Cana Museum Boijmans Van Beuningen, Rotterdam, Netherlands. Painting, Oil on panel, 93 x 72 cm Bosch – 1450-1516)

Através dos tempos é bem entendido que um certo número de casais não respeita a fidelidade conjugal. Mas enquanto o marido pode intentar uma ação no plano penal, ele pode ser perseguido apenas no plano civil. O que convenhamos acontece até os nossos dias.

No ano de 1338 uma mulher enganada é condenada a pagar uma multa por ter batido num marido infiel que nem sequer tem a desculpa de ter sido seduzido porquanto a sua parceira, criada deles, pretende ter sido violada. as cartas de remissão mencionam talvez e sobretudo os adultérios femininos na medida em que o marido mata por vezes o amante, enquanto que a mulher enganada só raramente recorre à violência.

O governador de Chauny que acaba de fazer a ronda, pois os ingleses andam perto, estamos na época da Guerra dos cem Anos, encontra a porta do quarto fechada, ao voltar para casa cerca de 4 ou 5 horas da manhã. Pede à mulher para abrir, e vê entre a cama e a parede um rapaz novo em camisa e sem ceroulas. Enfurecido, mata-o com um golpe de alfange

Jeannot Chavant d’Amberre encontrou a mulher Tomasse, por duas vezes, a cometer adultério, uma vez com o reitor, uma outra com um laico. Por duas vezes correu com ela, mas perdoou-lhe contra a promessa de nunca mais recomeçar. Ao surpreendê-la novamente em flagrante delito, dá-lhe duas facadas e pontapés no ventre.

As mulheres, àquela época, apreciavam os clérigos. Estes relativamente instruídos, dispensam sem dúvida mais atenções às suas amantes do que os boçais laicos. As funções que exercem permitem-lhes exercer pressão sobre as suas paroquianas. Finalmente, a mulher afastada do sacerdócio imagina talvez, graças a um amante clérigo, que tem relações privilegiadas com sagrado. Deduz-se, até hoje, que a mulher dá muita, mas muita importância para a sua segurança. Casamento, mas sólido e com pitada grande de carinho por parte do marido, a violência, sem dúvida, diminuiria hoje e no medievo.

Paulo Edmundo Vieira Marques

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