Rei Artur e seus cavaleiros reunidos na távola redonda para celebrar o Pentecostes, diante da visão do Santo Graal. O Graal aparece em uma redoma sagrada, feito de ouro e decorado com joias, guarnecido por dois anjos. 1475. De 610v folio em BNF P. 116.
Um detalhe da pintura “A última sono de Arthur” pelo pintor pré-rafaelita Edward Burne-Jones.
Ilustre figura da história da Grã-Bretanha, o rei Artur é um personagem situado nas fronteiras do real e do imaginário. Sua identidade histórica é a de um chefe militar que organizou no século VI, a luta da nação bretã contra o invasor saxão, mas a literatura lhe daria uma segunda existência e fez dele um rei mítico, um soberano ideal, ao mesmo tempo modelo e representante de todos os valores cavalheirescos da Idade Média.
Encarnação do direito feudal, da justiça e da generosidade, o rei Artur é o símbolo do rei ideal, com seus cavaleiros que se reúnem em volta da Távola Redonda, um exemplo da relação perfeita entre o rei e seus barões. Esse ideal monárquico iria servir de modelo à realeza feudal da época, que veria em Artur um espelho corretivo.
O rei Artur simbolizava um conjunto de valores: a encarnação de um ideal político, cortês e cavalheiresco. A figura do rei da Bretanha cristalizava os sonhos e a esperança de uma ordem perfeita. Para o escritor Julien Gracq, o rei Artur é o “tesouro dos mitos da Idade Média”.
Miniatura do Rei Artur com seu escudo brasonado com a Virgem e o Menino Jesus. British Library.
Detalhe da coroação de Artur, Jean Wavrin. Miniatura do século XV.
Professor Paulo Edmundo Vieira Marques
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