O escudeiro tinha por encargo transportar as armas, em especial o broquel, o escudo do guerreiro. Devia ainda preparar os cavalos de montaria, pois fazia parte da “escuderia” ou “cavalariça”. Era, por isso, considerado um membro do “famulus”, isto é, daqueles criados domésticos ligados à casa senhorial. Era o escudeiro quem servia seu senhor à mesa, o acompanhava em combate e era seu mensageiro. Os escudeiros formavam o grupo de serviçais obsequiados, geralmente jovens oriundos de famílias de vassalos que ficavam de guarda ou como aprendizes no castelo. Na Espanha e no Império Romano eram considerados aprendizes, um estrato inferior da aristocracia. Quando, no século XII, se desenvolveu o hábito de armar o cavaleiro, esses aprendizes passaram a ser considerados aspirantes à cavalaria. Contudo a elevação do custo da ascensão social inteditou tal possibilidade. No século XIV, o escudeiro era, portanto, um aristocrata que, embora tivesse idade e mérito, não poderia tornar-se cavaleiro. este passou a ser assimilado à nobreza, ao passo que o escudeiro manteve-se nos limites do estrato plebeu.
O poeta Wolfram von Eschenbach mostra suas armas, Códice Manesse, 1304.
Paulo Edmundo Vieira Marques
From Medieval Imago, post Escudeiro – Fiel Parceiro
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